quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Doença de Alzheimer

O primeiro verdadeiro post com propósito, gostaria que deixassem sugestões de assuntos que queiram ler e quaisquer dúvidas estou à disposição.

Vários estudos demonstraram que a doença de Alzheimer (DA) é uma doença idade-dependente e que o risco aumenta em familiares demonstrando que a genética está fortemente relacionada. A hereditariedade está muito mais marcada na chamada DA familiar (15 a 20%), cujo início é precoce, entre - antes dos 65 anos de idade - do que na DA esporádica ( 80 a 85%) caracterizada por seu aparecimento em idades mais avançadas.

A doença de Alzheimer (DA) pronuncia-se (AU-ZAI-MER) é uma doença degenerativa, progressiva que compromete o cérebro causando: diminuição da memória, dificuldade no raciocínio e pensamento e alterações comportamentais. Definida por muitos como “mal do século”, “peste negra”, “epidemia silenciosa” etc. a DA é ainda pouco conhecida em nosso meio e tem efeito devastador sobre a família e o doente. A DA pode manifestar-se já a partir dos 40 anos de idade, sendo que a partir dos 60 sua incidência se intensifica de forma exponencial.

Os sintomas mais comuns são: perda gradual da memória, declínio no desempenho para tarefas cotidianas, diminuição do senso crítico, desorientação têmporo-espacial, mudança na personalidade, dificuldade no aprendizado e dificuldades na área da comunicação. O grau de comprometimento varia de paciente para paciente e também de acordo com o tempo de evolução da doença.

No Brasil, não temos dados estatísticos concretos sobre a doença, porém podemos afirmar que a presença da doença de Alzheimer também é significativa em nosso país, atingindo cerca de 1 milhão e 200 mil brasileiros e tem uma incidência de 100 mil novos casos por ano.

Estudos sugerem fortemente que as mulheres sejam mais afetadas do que homens mas, como a expectativa de vida das mulheres é pelo menos 5 anos maior que dos homens essa correlação ainda precisa ser estatisticamente ajustada e melhor esclarecida. O nível de educação parece ser uma proteção para a doença de Alzheimer: quanto maior o número de anos de estudo formal menor seria o risco.

Essa possibilidade deve ser analisada com reserva a partir da constatação de que pessoas com mais escolaridade administram suas limitações cognitivas com maior facilidade que analfabetos ou com baixo nível de escolaridade.

Não há evidências de que a exposição às fontes de alumínio como, antiácidos, desodorantes, enlatados e utensílios de cozinha sejam fatores de risco para a DA. O alumínio é um elemento extremamente comum na crosta terrestre gerando sentimentos equivocados de temor no uso de produtos que contém esse metal em sua composição ou embalagem.

Outros estudos encontraram grandes concentrações de alumínio em pessoas saudáveis. Essa sendo cada vez teoria está menos estudada pois os indícios apontam para a desmistificação dessa probabilidade.

Outros possíveis fatores de risco têm sido estudados, porém com pouco resultado prático como: exposição ou ingestão de substâncias tóxicas como álcool, chumbo, e solventes orgânicos, medicamentos diversos, trauma craniano, exposição à radiação, estilo de vida, estresse, infecções, doenças imunológicas e câncer. Altos níveis de colesterol e de homocisteína (relacionada com o “stress oxidativo”), a obesidade e diabetes estão sendo estudados.

Tratamento

O diagnóstico precoce é decisivo para o tratamento. Todas as drogas aprovadas para uso, com exceção da memantina, são indicadas para pacientes que estão nas fases mais iniciais da doença quando o paciente ainda tem preservados algum grau de cognição e/ou de independência funcional, daí a importância do diagnóstico precoce.

A acetilcolina é um neurotransmissor muito importante na comunicação interneuronal sendo a substância fundamental no mecanismo da memória e do aprendizado. É a quantidade (concentração) desse neurotransmissor, durante a sinapse, que vai permitir a fixação da informação, aprender coisas novas, resgatar informações antigas além de outras atividades intelectuais.


Ação Fisioterapêutica

O fisioterapeuta atua basicamente em duas grandes áreas com referência à saúde: a prevenção e a reabilitação. Pacientes com demência são muitas vezes e por variados motivos levados a ter sua mobilidade prejudicada, portanto a fisioterapia tem seu espaço na abordagem terapêutica de forma inquestionável.

A prevenção de contraturas articulares, mobilização das secreções pulmonares, encurtamentos musculares, manutenção da massa muscular na prevenção das atrofias, trabalho visando melhor equilíbrio e marcha são alguns dos problemas tratáveis fundamentalmente pelo fisioterapeuta.

Salvo em situações particulares e patológicas específicas, o fisioterapeuta geralmente atua junto ao paciente utilizando recursos pouco sofisticados, propiciando maior facilidade para que este importante instrumento terapêutico possa, na grande maioria dos casos, ser realizado em âmbito domiciliar.


Fonte: http://www.alzheimermed.com.br


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